O tabuleiro do Mahalilah simboliza o caminho da evolução humana, retratando, em sua estrutura, os oito planos ou estágios evolutivos que experienciamos enquanto vivemos em um corpo físico. A trajetória do jogo segue uma numeração cardinal que se movimenta de baixo para cima, em um padrão de ziguezague. Cada um desses planos é composto por nove casas específicas, cada uma representando aspectos característicos daquele estágio de evolução.
A escolha das nove casas por plano não é casual, pois reflete simbolicamente a nossa anatomia física. Nosso corpo pode ser comparado a uma flauta com nove orifícios essenciais, responsáveis pela interação entre nosso interior e o ambiente externo: dois canais lacrimais, dois canais olfativos, dois canais auditivos, uma boca, um canal genital e um canal anal. Esses orifícios permitem o fluxo contínuo de energia vital, produzindo a melodia singular que chamamos de vida.
Cada plano do Mahalilah correlaciona-se diretamente com nossos principais chakras, centros energéticos que permeiam e sustentam nosso corpo físico. Jogar o Mahalilah promove um alinhamento intelectual e emocional, resultando na harmonização e ativação equilibrada de cada um desses chakras:
Plano Básico: Aqui habitam nossas neuroses, traumas, medos e carências da infância. Este plano está relacionado diretamente à nossa herança familiar, composta pelas cargas genéticas e emocionais recebidas de nossos pais ou responsáveis. É neste estágio inicial, entre 0 e 6 anos, que absorvemos e reproduzimos comportamentos e crenças herdados.
Plano Imaginário: Representa a expressão juvenil, o despertar dos desejos, sonhos e da criatividade. Neste estágio, emoções e fantasias moldam nosso caráter e estabelecem padrões relacionados à busca pelo prazer físico e emocional, marcando uma fase essencialmente exploratória e criativa da vida.
Plano Racional: É o estágio adulto, no qual assumimos responsabilidades, buscamos segurança e realizamos ações concretas no mundo material. A consciência aqui amadurece através da experiência prática, onde as realizações pessoais e sociais são o foco primordial, direcionando-nos a compreender e gerenciar a vida com racionalidade.
Plano do Equilíbrio: Este é o estágio transitório crucial no processo evolutivo, onde começamos a perceber a existência de algo além da simples realidade material. Movemo-nos das emoções primárias e materiais para sentimentos mais refinados e conscientes, abrindo caminho para o despertar espiritual. Aqui, desenvolvemos uma percepção equilibrada e profunda da vida.
Plano da Abertura: Neste plano, ocorre uma expansão da consciência voltada para o autoconhecimento profundo. Desenvolvemos uma maior intimidade com nosso corpo, compreendendo-o como um templo sagrado. Esta etapa é marcada pela busca do entendimento sobre como nossas atitudes influenciam nosso crescimento pessoal e espiritual.
Plano da Transformação: Aqui, aplicamos o conhecimento adquirido anteriormente para transcender conflitos internos e externos, adotando uma postura de auto cura e visão ampliada. Este estágio caracteriza-se pela capacidade de interceder, não interferir, promovendo ações positivas que curam e beneficiam o todo.
Plano da Conexão: Neste estágio avançado, alcançamos a maestria sobre nosso ego e emoções, unindo mente, coração e corpo numa sintonia harmoniosa. Aqui podemos orientar, ensinar e servir ao próximo, livres das limitações egocêntricas, fortalecendo uma conexão profunda e verdadeira com a vida e com as pessoas ao nosso redor.
Plano Divino: Representa o ápice da jornada evolutiva no Mahalilah. Dividido em duas partes essenciais, este plano possui quatro casas iniciais dedicadas aos aspectos devocionais, conduzindo-nos à experiência plena da espiritualidade, e quatro casas finais regidas pela Lei da Sincronicidade, revelando a ciência espiritual da consciência desperta e plena.
Espadas e Serpentes: Ao longo do percurso evolutivo, surgem dois elementos simbólicos centrais: as espadas e as serpentes. As espadas, semelhantes a escadas, representam virtudes e conquistas espirituais que permitem subir rapidamente para níveis superiores. Já as serpentes, como escorregadores, simbolizam nossos vícios e defeitos que nos fazem regredir ou descer. Em ambas, a cabeça ou punho indica nossas ações, enquanto a ponta ou cauda indica as consequências ou reações dessas ações, enfatizando o papel essencial da responsabilidade pessoal e do livre-arbítrio.
Consciência Plena (Casa 68): A casa 68 simboliza a Consciência Plena, ponto inicial e final do jogo, refletindo a jornada completa da alma. Esta casa representa o retorno ao Eu Divino, a realização plena do ser humano, indicando que a vida possui um sentido espiritual profundo. Ao alcançar esta casa, o jogador compreende sua existência, vivenciando a plenitude e a felicidade interior enquanto habitante consciente do corpo físico, totalmente integrado à sua essência espiritual e divina.